O cuidado a pacientes terminais no domicílio altera a dinâmica da família e requer reorganização das funções dos seus integrantes, para o atendimento das necessidades dessa condição de vida. Objetivou-se, com este estudo, descrever a dinâmica de organização dos cuidadores familiares do paciente terminal em internação domiciliar. O estudo é de caráter qualitativo e foi realizado no período de janeiro a junho de 2010, com onze cuidadores familiares de doentes terminais cadastrados no serviço de internação domiciliar de um hospital universitário do Sul do Brasil. Para a coleta de dados foram utilizadas entrevistas narrativas, analisadas por meio de análise de conteúdo. Foram construídas duas categorias: Organização da família para o cuidado do paciente terminal no domicílio; e Privações na vida do cuidador envolvido no cuidado ao paciente terminal. Percebe-se oimpacto que uma doença terminal causa na família que a vivencia, principalmente no momento da internação domiciliar. Essa modalidade de cuidado, embora proporcione benefícios, pode trazer também desconforto, dificuldades financeiras e/ou sobrecarga física e emocional ao cuidador familiar, se não for planejada e acompanhada por profissionais de saúde. Pensar ações objetivando reduzir as dificuldades enfrentadas pela família torna-se pertinente aos enfermeiros e seus pares.
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Oliveira, S. G., Garcia, R. P., Quintana, A. M., Budó, M. de L. D., Wünsch, S., & Silveira, C. L. (2011). Dinâmica de organização dos cuidadores familiares do paciente terminal em internação domiciliar. Ciência, Cuidado e Saúde, 10(4). https://doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v10i4.18310
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