Esta pesquisa objetiva identificar a interpretação dos trabalhadores e comerciantes lojistas do Mercado Municipal de Uberlândia sobre as mudanças ocorridas após a reforma que o revitalizou em 2008, à luz da teoria das representações sociais. Utilizando o método etnográfico e a técnica de entrevistas semiestruturadas para coleta de dados, o trabalho de campo ocorreu entre maio e julho de 2015. Para fins de organização, as representações foram divididas e categorizadas em temáticas envolvendo (1) a estrutura física, (2) os frequentadores e (3) conceito (imagem e reputação). O presente estudo possibilitou constatar que o Mercado Municipal de Uberlândia está inserido em um ambiente complexo que congrega visões de mundo diferentes, mas que paradoxalmente se coadunam para construir um ambiente coletivo com representações comuns. O antagonismo entre o público e o privado, a tradição e a modernidade e aspectos comerciais e os de ordem afetiva foram identificados no Mercado Municipal de Uberlândia, assim como em Cavedon (2004). Como resultado, identificou-se a representação mais marcante e evidente como a de uma casa velha e abandonada que foi substituída por uma casa nova, confortável e aconchegante, cujas portas estão abertas para acolher os visitantes.
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Freitas, M. R., & Oliveira, C. R. (2017). Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada! As representações sociais do mercado municipal de Uberlândia. Revista de Administração IMED, 7(1), 137. https://doi.org/10.18256/2237-7956/raimed.v7n1p137-157
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