A década de 70 viu uma mudança operar-se no pensamento de Foucault. Suas preocupações teóricas ganham outro matiz: ele passa a investigar as relações entre saber e poder ao problematizar ambos e mostrar como um não exclui o outro, mas que, muito ao contrário dos sonhos dourados dos positivistas, o saber não só não é neutro como ele gera relações de poder e este, em seu funcionamento o mais intestino, necessita e engendra saber. Foucault nomeia estas elaborações teóricas de uma série de modos, como analítica do poder ou política da verdade. Contudo, desde nossa leitura, o nome o mais adequado é epistemologia política. O objetivo deste curto ensaio é mostrar como Foucault erigiu estas análises por meio de um instrumental teórico nietzscheano, tendo como cerne fundate a noção de saber ou de conhecimento, e como este conceito articula todos os demais neste intento histórico-filosófico.
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Luiz, F. (2010). O conceito de saber na epistemologia política de Michel Foucault. Revista de Iniciação Científica Da FFC - (Cessada), 10(2). https://doi.org/10.36311/1415-8612.2010.v10n2.331
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