Introdução: A alta mortalidade por câncer de mama no Brasil está intimamente associada ao retardo na investigação das lesões suspeitas e na instituição oportuna da terapêutica. Objetivo: Investigar os aspectos relacionados ao atraso no diagnóstico e tratamento das pacientes com câncer de mama. Método: Estudo epidemiológico observacional, descritivo, de corte transversal. Foram inicialmente entrevistadas 54 pacientes admitidas para investigação no departamento de mastologia do Hospital de Câncer de Pernambuco; destas, 25 resultaram positivas para câncer de mama se constituindo no universo da pesquisa. Resultados: A faixa etária mais representada foi das pacientes entre 60 e 79 anos (48%). A maioria se apresentava em estádios avançados (72%) e após, pelo menos, três meses do início dos sintomas (64%). O diagnóstico foi confirmado em menos de 30 dias (88,9% dos casos); porém o início do tratamento excedeu os 60 dias em 56,6% dos casos. Conclusão: Demonstrou-se que, para a maior parte das pacientes, há atraso no estabelecimento do diagnóstico e início do tratamento. Este se distribui nos diversos níveis de atenção à saúde e possui aspectos relacionados tanto às usuárias, como aos profissionais e aos serviços de saúde.
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Paiva, C. J. K. de, & Cesse, E. Â. P. (2015). Aspectos Relacionados ao Atraso no Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Mama em uma Unidade Hospitalar de Pernambuco. Revista Brasileira de Cancerologia, 61(1), 23–30. https://doi.org/10.32635/2176-9745.rbc.2015v61n1.374
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