O presente estudo buscou identificar e descrever as experiências ligadas à adolescência em um contexto de risco psicossocial, em Novos Alagados, favela de Salvador, Bahia. Orientado pela abordagem ecológica do desenvolvimento humano e numa perspectiva interdisciplinar, o estudo assume a adolescência como um construto psicossocial. Adotou-se uma metodologia qualitativa, baseada na observação participante e no estudo de casos, lançando mão de múltiplos recursos: entrevistas narrativas, observações, diários e cadernos de campo e fotografias. O extenso material qualitativo reunido (parte dele longitudinalmente) foi organizado em dois níveis de análise: 1) descrição do contexto: espaços, cenários, atividades e práticas dos adolescentes; 2) estudo de quatro casos tomados como exemplares do que significa ser adolescente em Novos Alagados. Destacam-se, dentre eles, o papel dos projetos sociais, da música e da cultura como formas de socialização e inserção; a atuação suportiva da família, das relações proximais; o impacto da violência; aqui denominada de “desterro”, a vitimização.
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SANTOS, J. E. F., & BASTOS, A. C. de S. (1969). TRAVESSIAS: A ADOLESCÊNCIA EM NOVOS ALAGADOS: trajetórias pessoais e estruturas de oportunidade em um contexto de risco psicossocial. Revista LEVS, (10). https://doi.org/10.36311/1983-2192.2012.v0n10.2649
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