O sistema de estadiamento clínico de tumores TNM tem sido a classificação adotada para caracterizar os tumores, propor a terapia mais adequada e estimar a sobrevida dos pacientes. As informações obtidas através dos exames clínico e de imagem são utilizadas para estabelecer o estádio clínico (cTNM) e, caso o paciente seja submetido à cirurgia, determina-se o estádio patológico (pTNM) mediante o exame histopatológico do tumor e dos linfonodos regionais. Entretanto tumores clinicamente precoces, mesmo tratados adequadamente, podem causar a morte do paciente. Assim, classificações histopatológicas para os carcinomas de células escamosas (CCE) de cavidade oral surgiram na tentativa de explicar o comportamento biológico discrepante dos tumores. Broders, em 1920, propôs uma gradação histopatológica baseada no grau de diferenciação celular. Contudo muitos autores questionam o valor dessa classificação e o da proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS), destacando o papel de outras características histopatológicas no comportamento biológico do CCE de cavidade oral e propondo novas gradações. Neste sentido, as classificações histopatológicas podem prover fatores prognósticos suplementares, a fim de otimizar o valor do estadiamento TNM e auxiliar na escolha terapêutica. Este estudo visa a apresentar os critérios adotados em algumas classificações histopatológicas para o CCE de cavidade oral, amplamente usadas na literatura científica, discutir suas características, ressaltando suas similaridades e discordâncias, além de analisar sua associação com o desfecho do paciente.
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Lourenço, S. de Q. C., Schueler, A. F., Camisasca, D. R., Lindenblatt, R. de C., & Bernardo, V. G. (2007). Classificações Histopatológicas para o Carcinoma de Células Escamosas da Cavidade Oral: Revisão de Sistemas Propostos. Revista Brasileira de Cancerologia, 53(3), 325–333. https://doi.org/10.32635/2176-9745.rbc.2007v53n3.1800
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