O artigo tem por objetivo investigar como se organiza a juventude contemporânea, em torno das redes sociais e no contexto dos novos movimentos sociais. A partir da revisão de literatura sobre juventude e movimentos sociais, analisa a inserção de novos paradigmas, como a liderança horizontal e a cooperação. Identifica formas atuais de mobilização, registro e monitoramento de ações repressivas, caracterizadas pela utilização ampla de suporte tecnológico. Como referência empírica, foram analisadas três experiências: o “Coletivo Conteste”, articulação do movimento estudantil em Fortaleza, junto aos estudantes de Direito da Universidade Federal do Ceará; o movimento estudantil “Barricadas abrem caminhos”; e a ação dos “capacetes”, grupo de registro das ações repressivas da polícia chilena durante manifestações estudantis. A hipótese a ser verificada é se, por meio desses novos paradigmas e experiências, pode-se afirmar a existência de um cenário consistente para o legítimo exercício da soberania popular. Trata-se assim de pesquisa bibliográfica com análise qualitativa de dados obtidos por meio de entrevista semiestruturada com um integrante do “Coletivo Conteste” e análise de sites. Conclui-se que a maneira como se articulam os jovens em torno dos coletivos, a pluralidade de interesses, os meios de mobilização para manifestações de massa e a forma de liderança horizontal são as mudanças mais significativas no atual contexto político brasileiro, viabilizadas pela disponibilidade de tecnologias de informação e comunicação, sem que, no entanto, haja uma reflexão conclusiva dessas mudanças.
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Maia, G. L. (2013). A JUVENTUDE E OS COLETIVOS: COMO SE ARTICULAM NOVAS FORMAS DE EXPRESSÃO POLÍTICA. Revista Eletrônica Do Curso de Direito Da UFSM, 8(1), 58. https://doi.org/10.5902/198136948630
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