Rompimento de barragens em Mariana e Brumadinho (MG): Desastres como meio de acumulação por despossessão

  • Laschefski K
N/ACitations
Citations of this article
31Readers
Mendeley users who have this article in their library.

Abstract

A ruptura de duas barragens em Minas Gerais - em Mariana (2015) e em Brumadinho (2019) - custou centenas de vidas e destruiu a maior parte das bacias do Rio Doce e do Rio Paraopeba. Esses eventos são o auge dos desastres, que começaram com o licenciamento ambiental e continuaram com uma ineficiente gestão de reparação de danos, causando ainda mais sofrimento social. Após os desastres, as instituições públicas, além de não fortalecerem o marco regulatório, aceleraram sua flexibilização. Como resultado, as empresas de mineração puderam introduzir a cultura do neocoronelismo nos sistemas de governança, ou seja, não somente fortaleceram seus interesses frente às demandas das vítimas, como também au­mentaram o controle territorial das áreas afetadas pelos desastres por meio de "grilagem oculta de ter­ras" (hidden landgrabbing).

Cite

CITATION STYLE

APA

Laschefski, K. A. (2020). Rompimento de barragens em Mariana e Brumadinho (MG): Desastres como meio de acumulação por despossessão. AMBIENTES: Revista de Geografia e Ecologia Política, 2(1), 98. https://doi.org/10.48075/amb.v2i1.23299

Register to see more suggestions

Mendeley helps you to discover research relevant for your work.

Already have an account?

Save time finding and organizing research with Mendeley

Sign up for free