O Rio Cachoeira deságua no estuário da baía de Antonina que faz parte do Complexo Estuarino de Paranaguá. A média anual da vazão do Rio Cachoeira antes da transposição era de 21,13 m3/s. Pesquisas recentes evidenciaram uma vazão anual média de 31,45 m3/s, caracterizando um acréscimo de aproximadamente 33% na vazão original. Devido à relação entre a vazão e a capacidade de carga de transporte de um rio, o aumento da vazão do Rio Cachoeira pode ter ocasionado as mudanças batimétricas e sedimentológicas verificadas na cabeceira do estuário. A análise temporal aplicada na foz do Rio Cachoeira através de fotointerpretação detectou as modificações morfológicas mais relevantes na área de estudo e quantificou um balanço da variação de área dos principais ecossistemas de planície de maré. Com base nas modificações dos ecossistemas dispostos na região da foz do Rio Cachoeira e nas áreas de estudos comparativas, foi constatada uma tendência erosiva que pode aproximar ainda mais a relação entre a transposição e as mudanças morfológicas, sedimentológicas e batimétricas na cabeceira de estuário da baía de Antonina.
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Branco, J. C. (2008). VARIAÇÃO MORFOLÓGICA DOS ECOSSISTEMAS DE PLANÍCIE DE MARÉ NA FOZ DO RIO CACHOEIRA, PARANÁ. Caminhos de Geografia, 9(25), 12–23. https://doi.org/10.14393/rcg92515574
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