Eugenia dysenterica, também conhecida como cagaiteira é uma espécie do Cerrado que possui potencial econômico, entretanto sua propagação convencional torna-se dificultada pelo fato de possuir sementes recalcitrantes, que perdem a viabilidade em aproximadamente 50 dias. A tecnologia de encapsulamento-desidratação tem se mostrado eficiente para a conservação deste tipo de espécie, tanto para armazenamento em câmara fria, quanto para a criopreservação. Objetivou-se a obtenção de um protocolo de sementes sintéticas e criopreservação de E. dysenterica, em que se utilizou ápices caulinares obtidos de plantas desenvolvidas in vitro. Os tratamentos consistiram de três diferentes concentrações de sacarose (0,25M L-1, 0,5ML-1, e 0,75ML-1) combinadas a três períodos de secagem (0 h, 1 h e 2 h). O melhor tratamento para ápices não criopreservados constituiu de 0,25M de sacarose combinado á 1 h de desidratação, com 55,55% de regeneração. A taxa de regeneração nula de ápices criopreservados indica provável ruptura no sistema de membranas causada pela desidratação e congelamento das cápsulas. Entretanto, o protocolo de sementes sintéticas desenvolvido no presente trabalho poderá ser utilizado para conservação à médio prazo da espécie, sendo necessário novos estudos para confirmar este potencial.
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Silveira, A. A. da C., & Sibov, S. T. (2019). Encapsulamento-desidratação de ápices caulinares de Eugenia dysenterica. Multi-Science Journal, 2(2), 39–41. https://doi.org/10.33837/msj.v2i2.967
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