Este artigo se insere na análise de práticas culturais e suas representações, vividas por mulheres de diferentes gerações, no sul do Estado de Santa Catarina, percebidas na experiência do ritual de passagem com o aparecimento da menarca. Procuramos compreender como as mulheres, na experiência da menstruação, constroem representações do feminino. A menstruação, como manifestação do corpo, é o que é na cultura, e, portanto, seus significados somente podem ser lidos no contexto de uma dada cultura. Para estas análises, a categoria gênero instiga para a compreensão de que os silêncios, norteados pelos sentidos de medo e vergonha, são construções culturais e trazem relações de poder, circunscritas na prescrição de papéis ditos do feminino, mostrando um corpo produzido por expectativas de gênero. Sob a perspectiva da história oral, foram preciosas as fontes da memória neste trabalho, interpretadas à luz das metodologias da História.
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De Fáveri, M., & Venson, A. M. (2007). Entre vergonhas e silêncios, o corpo segregado. Práticas e representações que mulheres produzem na experiência da menstruação. Anos 90, 14(25), 65–97. https://doi.org/10.22456/1983-201x.5403
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