Com exceção dos estudos pioneiros de Isaías Pessotti sobre aprendizagem discriminativa em abelhas, outros trabalhos frequentemente empregaram procedimentos com características que dificultam o controle experimental rigoroso e uma interpretação segura dos dados (por exemplo, definição ambígua da resposta, treino simultâneo de vários sujeitos e análise de dados agrupados). Além disso, poucos estudos investigaram a aprendizagem discriminativa em outras espécies além de Apis mellifera e Bombus terrestris. O objetivo do Experimento 1 foi estabelecer discriminações simples entre cores e entre padrões em preto e branco em vinte abelhas individuais, da espécie Melipona quadrifasciata. No Experimento 2, o objetivo foi estabelecer discriminações simples e reversões de discriminação com quatro melíponas individuais em equipamento automatizado e pressão à barra como resposta operante. Todas as abelhas aprenderam a discriminar entre cores no Experimento 1, mas os dados de discriminação entre padrões em preto e branco mostraram grande variabilidade. No Experimento 2, as quatro abelhas aprenderam a discriminação inicial e também aprenderam entre uma e 11 reversões de discriminação. Os resultados de ambos os experimentos confirmam que melíponas podem aprender tarefas discriminativas, incluindo reversões sucessivas, mas também sugerem que os desempenhos podem variar consideravelmente a depender dos estímulos a serem discriminados. Palavras-chave: discriminação simples, reversão de discriminação, estímulos visuais, abelhas, Melipona quadrifasciata
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Moreno, A. M., Rocca, J. Z., & De Souza, D. D. G. (2016). DISCRIMINAÇÃO SIMPLES ENTRE ESTÍMULOS VISUAIS E REVERSÕES SUCESSIVAS DE DISCRIMINAÇÃO EM ABELHAS (MELIPONA QUADRIFASCIATA). Revista Brasileira de Análise Do Comportamento, 10(2). https://doi.org/10.18542/rebac.v10i2.3481
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