A leitura de narrativas jornalísticas e literárias – especialmente as memórias – sobre a prostituição e a Rua Guaicurus produzidas, primeiro, nas décadas de 1920 e 1930 e, posteriormente, entre 1970 e 1980, em Belo Horizonte (Minas Gerais), revela uma tensão entre diferentes modos de estar e viver na cidade. Tais narrativas são expressões tanto de uma luta pela educação das sensibilidades, como de um imaginário social sobre os espaços de prostituição e suas práticas socioculturais. Esboça-se uma reflexão sobre a autoridade de determinados grupos, em legitimar as memórias coletivas, naturalizando e reforçando as diferenças morais e sociais entre mulheres que circulam na cidade.
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Pereira, L. C. S. de A. (2018). “Pobres mulheres”: imaginário social e a prostituição em Belo Horizonte. Métis História e Cultura, 17(33), 267–291. https://doi.org/10.18226/22362762.v17.n.33.12
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