O objetivo deste artigo é discutir, a partir de experiências etnográficas em eventos de visibilizacão e sensibilização da questão migratória na cidade de São Paulo, como as formas de mobilização política produzidas pelo Grupo de Refugiados e Imigrantes Sem Teto (Grist) podem ser vistas como cenários privilegiados para pensar o contexto migratório atual como um campo de interlocução em transformação. Entendo que para além da proposta de autorre- presentação, essas manifestações – desde rodas de conversa sobre a guerra na República Democrática do Congo até apresentações musicais em bares e restau- rantes, passando por palestras em bibliotecas e instituições educativas – podem estimular a construção de representações mais plurais e menos estereotipadas sobre os imigrantes bem como atitudes de enfrentamento crítico para outros grupos e comunidades de migrantes.
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Zelaya, S. (2017). A mobilização de refugiados e suas linguagens. Notas etnográficas sobre um campo de interlocução em transformação. Cadernos de Campo (São Paulo - 1991), 25(25), 400–420. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v25i25p400-420
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