A finalidade desse trabalho é mapear os referenciais feministas de análise sobre o Estado de Bem-Estar Social e pontuar os dilemas contemporâneos evidenciados na literatura comparativa mais recente. Considerando que o objetivo da promoção da igualdade de gênero por políticas públicas trilha caminhos diferenciados na sua interpretação e proposição política, duas vertentes presentes na literatura são analisadas: a perspectiva da conciliação trabalho-família e a perspectiva da igualdade de gênero. A primeira vertente focaliza as desigualdades de gênero no mercado de trabalho, no interior da família e as variações das políticas sociais e de mercado de trabalho quanto ao nível de suporte oferecido aos pais e no quanto incentivam as divisões dos ‘cuidados’ e do trabalho remunerado. A segunda coloca o problema em termos igualitaristas na direção da neutralidade de gênero na alocação das oportunidades, condições de vida e resultados do bem-estar. Por fim, são levantados alguns questionamentos relativos às potencialidades e limites das políticas sociais brasileiras contemporâneas.
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Gama, A. S. (2009). As contribuições e os dilemas da crítica feminista para a análise do Estado de Bem-Estar Social. SER Social, 10(22), 41–68. https://doi.org/10.26512/ser_social.v10i22.12946
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