Este artigo pretende apontar a articulação gênero, raça e educação, a fim de contribuir com a produção educacional com enfoque feminista e antirracista. Para tal, indagaremos sobre alguns processos simbólicos e educativos, tendo como principal eixo de análise, a mídia como dispositivo curricular e seus efeitos formadores ou deformadores de sujeitos, sobretudo, quando se trata de adolescentes em processos tensos de construção identitária. A partir de uma disposição instigada pela indagação: “como se aprende a ser menina negra?” analisaremos a temporada do programa de TV Brazil’s Next Top Model, que se classifica como uma “academia de modelos”, tratando-o como campo no qual se produzem discursos e se estabelecem práticas que regulam comportamentos e mediam relações conflitivas entre adolescentes negras, mestiças e brancas. A análise desdobra-se sobre a composição da branquitude como efeito discursivo que incide sobre o corpo negro e analisa a trajetória de uma mulher negra no programa escolhido para entender as ficções em ação na fabricação do corpo-modelo. Por fim, apresentam-se pistas para a reflexão sobre o lugar do exótico, ou queer, na ficção da unidade proposta pela branquitude normativa.
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Gomes, N. L., & Miranda, S. A. de. (2014). GÊNERO, RAÇA E EDUCAÇÃO: INDAGAÇÕES ADIVINDAS DE UM OLHAR SOBRE UMA ACADEMIA DE MODELOS. Poiésis - Revista Do Programa de Pós-Graduação Em Educação, 8(13), 81. https://doi.org/10.19177/prppge.v8e13201481-103
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