As mobilizações reivindicatórias que ocorreram no Brasil, a partir de 1980, foram fundamentais para a construção de um gerenciamento mais participativo em diferentes organizações públicas, incluindo as universidades federais. A expansão do ensino superior público, desde os anos 2000, possibilitou a criação de novas universidades, como a UFFS. Este artigo discute a gestão universitária em face das mudanças na administração pública e remete à uma análise dos processos participativos inerentes à criação e gestão da UFFS. O estudo, de cunho qualitativo, utilizou a Proposta Operativa de Minayo. O processo participativo da comunidade local/regional na interação com os movimentos sociais diferenciou o processo de constituição e gestão da UFFS. Quatro Conselhos gestores compõem sua estrutura, na perspectiva de favorecer e ampliar processos participativos de gestão universitária. O Conselho Estratégico Social, de caráter consultivo constitui-se em potência macrorregional para a construção de uma Universidade comprometida com a participação popular, a inclusão social e o desenvolvimento regional. Contudo, “fazer a gestão da UFFS” em estreito diálogo com as comunidades acadêmica e externa por meio de seus conselhos gestores, exige esforços permanentes, a fim de promover a superação da cultura política de participação que se apresenta ainda frágil em seus processos de gestão universitária.
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Peretti, F. M., Dal Magro, M. L. P., Bonamigo, I. S., & Comerlatto, D. (2018). Processos Participativos na Gestão de Universidades Federais: o caso da Universidade Federal da Fronteira Sul. Desenvolvimento Em Questão, 16(45), 233–248. https://doi.org/10.21527/2237-6453.2018.45.233-248
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