Inclusão como matriz de experiência

  • Lopes M
  • Morgenstern J
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Abstract

Ao problematizar a inclusão a partir dos impactos da teorização foucaultiana no campo da Educação, o artigo propõe um exercício de desconstrução de práticas que constituem a inclusão como "foco" ou "matriz de experiência", no cenário brasileiro contemporâneo. Tomando a governamentalidade como grade de inteligibilidade em que se inscrevem as práticas inclusivas, operou-se com o governamento e a subjetivação como ferramentas teórico-metodológicas para o tensionamento pretendido. Ficou visível que, ao investir na subjetivação dos indivíduos, a matriz de experiência da inclusão torna-os capazes de aliar, no domínio de si, práticas de sujeição e práticas de liberdade. O agonismo da conjugação de tais práticas, ao capturar e submeter o indivíduo à matriz de experiência da inclusão, também possibilita condições para o exercício da contraconduta, de modo a alterar ou deslocar as formas de condução para a inclusão vivida até o presente e forjar subjetividades outras, até então impensadas.In order to problematize inclusion practices in the light of Foucault's theorizing in the field of education, the article proposes an exercise of deconstruction of the practices that treat inclusion as a focus or matrix of experience in contemporary Brazil. Taking governmentality as a grid of intelligibility of inclusive practices, the concepts of governance and subjectivity were used as theoretical and methodological tools for the analysis. It became apparent that, by investing in the subjectivity of the individuals, the matrix of experience of inclusion makes them able to ally, in the domain of self, practices of subjection and practices of freedom. The agonism of the combination of such practices, capturing and submitting the person to the matrix of experience of inclusion, also provides conditions for the exercise of counter-conduct in order to change current practices of inclusion and to forge hitherto unthought-of subjectivities.

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Lopes, M. C., & Morgenstern, J. M. (2014). Inclusão como matriz de experiência. Pro-Posições, 25(2), 177–193. https://doi.org/10.1590/s0103-73072014000200010

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