Este artigo propõe resgatar fragmentos do método psicanalítico no seu encontro com o campo das artes. A partir das contribuições de Sigmund Freud, Jacques Lacan, Georges Didi-Huberman e outros analistas contemporâneos, refletirá sobre as interfaces do método psicanalítico que partem do campo da clínica e se desdobram sobre o campo da cultura. Além disso, sublinhará as proximidades do fazer do analista e do artista, em uma contribuição ao campo da ciência e produção de conhecimentos. Ao afastar-se dos princípios da linearidade, imparcialidade, generalização propostos pela ciência, os saberes psicanalíticos e artísticos permitem aprofundamento metapsicológico. O encontro entre psicanálise e arte nos aproxima das singularidades, das formas de dizer e de interpretar a cultura. O inconsciente como pedra angular, bem como os conceitos de significante, sujeito, sintoma e contingência são fundamentais nessa perspectiva metodológica, em suas análises clínicas e culturais. Eles contribuem na demarcação do método da psicanálise e dialogam com o campo das artes.
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Marsillac, A. L. M. de, Bloss, G. M., & Mattiazzi, T. (2019). Da clínica à cultura: desdobramentos da pesquisa entre psicanálise e arte. Estudos e Pesquisas Em Psicologia, 19(3), 787–808. https://doi.org/10.12957/epp.2019.46918
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