No Brasil a pesquisa sobre modelos de previsão de insolvência iniciou na década de 1970, sendo que a maior parte dos trabalhos fez uso da Análise Discriminante como ferramenta estatística do modelo. Nos últimos anos, buscou-se verificar se é possível prever a insolvência das empresas utilizando dados descritivos contidos nos relatórios das organizações. Assim, este estudo tem como objetivo verificar a capacidade de alguns modelos de previsão de insolvência em prever a descontinuidade de empresas brasileiras que decretaram falência. A pesquisa caracteriza-se como descritiva e possui abordagem quantitativa, realizada por meio de pesquisa documental. A amostra totalizou 13 empresas que decretaram falência entre os anos de 1997 e 2003. Os resultados indicam que a maioria dos modelos de previsão de falência testados apresentou resultados elevados de previsões corretas. Os modelos de previsão de descontinuidade com base em relatórios descritivos obtiveram na média mais previsões assertivas quanto à capacidade de prever a falência das empresas. Esses achados demonstram que, apesar de algumas pesquisas apontarem para a falta de validade de preditores criados em realidades empresariais diferentes, alguns modelos ainda possuem boa capacidade de previsão de insolvência. Conclui-se que tanto os modelos de previsão de insolvência com base em números contábeis quanto os modelos que se utilizam de dados de relatórios descritivos podem prever a descontinuidade das organizações. Por fim, pode-se inferir que a maioria dos modelos de previsão de falência que fazem uso de números contábeis podem ser funcionais e capazes de prever a descontinuidade das organizações.
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Silva, J. O. da, Wienhage, P., Souza, R. P. S. de, Bezerra, F. A., & Lyra, R. L. W. C. de. (2012). CAPACIDADE PREDITIVA DE MODELOS DE INSOLVÊNCIA COM BASE EM NÚMEROS CONTÁBEIS E DADOS DESCRITIVOS. Revista de Educação e Pesquisa Em Contabilidade (REPeC), 6(3). https://doi.org/10.17524/repec.v6i3.268
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