Ao incorporar formas de exercício do catolicismo ao modo de vida local, tornando-o um importante elemento na afirmação de hierarquias de poder, os dirigentes do Congo passaram a conviver com missionários e recorreram à escrita e à religião para se relacionarem com os novos agentes que passaram a atuar em suas terras a partir do final do século XV, especialmente a Coroa portuguesa e a Igreja Católica, com sede em Roma. Os sacerdotes e catequistas nativos, formados pelas escolas dos missionários em terras conguesas e angolanas, ou mesmo em Lisboa, foram centrais na estruturação de novas práticas e crenças que aliavam elementos cristãos aos tradicionais da região. Tomamos como exemplo disso um determinado sacerdote: D. Calixto Zelotes dos Reis Magos, sobre o qual temos informações esparsas e que teve papel de destaque em algumas situações da política local.
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Souza, M. D. M. (2014). Catolicismo e poder no Congo: o papel dos intermediários nativos, séculos XVI a XVIII. Anos 90, 21(40). https://doi.org/10.22456/1983-201x.46181
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