A internacionalização do Estado brasileiro tem sido vista como uma consequência de sua ascensão internacional, muito embora também pudesse ser considerada uma das causas de sua crescente liderança e projeção no exterior. Neste artigo, resume-se o debate atual sobre o processo de formulação da política externa brasileira, discutindo o papel do Ministério das Relações Exteriores, da Presidência da República e sua burocracia e do Congresso. Além disso, propõe-se uma comparação original com a atuação de instituições congêneres da Argentina. Por fim, conclui-se que a menor internacionalização do Estado argentino poderia explicar tanto a perda da influência internacional desse país nos últimos vinte anos, como o êxito brasileiro na região.The Internationalization of the state in Brazil has often been considered an effect of the country's recent rise as an emerging power, even when it could easily rather be seen as the cause of its mounting projection and leadership. This article summarizes the recent Brazilian debate on foreign policy decision-making, analyzing the role of the Ministry of Foreign Affairs, the President, the bureaucracy and the Congress. It also proposes an original comparative approach to their equivalents in Argentina. The results show that the lower levels of internationalization of the Argentinean state could easily be interpreted as diminishing the country's international influence in the last twenty years, while explaining Brazilian leadership in the region.
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Schenoni, L. L. (2012). As possíveis causas domésticas da liderança brasileira na América do Sul. Contexto Internacional, 34(2), 659–691. https://doi.org/10.1590/s0102-85292012000200009
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