A partir dos estudos de gênero de vertente pós-estruturalista, investigamos um conjunto de enunciados extraídos de artigos científico-biológicos, além de um conjunto de enunciados obtidos a partir de perfis do Twitter reconhecidos por seu posicionamento odioso em relação às experiências sexuais e de gêneros dissidentes, para discutir como os estudos científico-biológicos sobre experiências trans e manifestações do desejo não heterossexuais podem ser pensados como fontes de reverberação de discursos de ódio na atualidade. Nossa aposta é que esses discursos têm sido apropriados pelo ultraconservadorismo, especialmente o de cunho religioso, como mote para a assimetria de direitos, de proteção e exposição à violência, atuando, inclusive, na distribuição da precariedade a que os sujeitos da diversidade sexual e de gênero estão submetidos.
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Pereira, T. T., & Sierra, J. C. (2020). Uma ficção biológico-conservadora: discursos de ódio contra as dissidências sexuais e de gênero e seus impactos na educação. Retratos Da Escola, 14(28), 39–56. https://doi.org/10.22420/rde.v14i28.1099
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