O presente trabalho procura refletir criticamente sobre o lugar usual da teoria política e do pensamento social e político brasileiro no âmbito acadêmico e intelectual da moderna ciência política brasileira. Para isso, realizamos uma breve análise histórica da formação desse campo epistêmico nos Estados Unidos e no Brasil, destacando as semelhanças e diferenças desse processo nos dois países. Argumentamos contra uma visão naturalista e de inclinação positivista que contribui para que a reflexão teórica da política fique apartada da discussão mais empírica. Propomos, destarte, uma ciência política que seja capaz de incorporar a dimensão “subjetiva”, a cultura política, como parte inerente à prática política do cotidiano, através do conceito de linguagens políticas. Essas linguagens, utilizadas pelos atores políticos, são inevitavelmente compostas de conceitos e valores, conferindo inteligibilidade à realidade política e conformando os interesses dos diversos grupos sociais em disputa. PALAVRAS-CHAVE
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Moreira, M. S. (2012). O debate teórico-metodológico na Ciência Política e o Pensamento Social e Político Brasileiro. Teoria e Pesquisa, 21(1), 73–89. https://doi.org/10.4322/tp.2012.006
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