Os feminismos negros vêm prestando um grande serviço às epistemologias feministas e aos estudos sobre racismo. Ao tensionarem a omissão do feminismo branco em relação às pautas antirracistas, as mulheres negras expuseram a fragilidade das tendências universalistas. O convite aqui posto, inspirado numa revisão preliminar da literatura, é à imersão nas pautas, protagonismos e produção de conhecimento da e sobre as mulheres negras, a partir do lugar de fala da mulher negra. A perspectiva descolonial é utilizada nesse artigo como caminho teórico que evidencia a urgência em visibilizar e garantir o direito a voz às mulheres negras, sem desconsiderar o recorte de classes, o objetivo consiste na valorização de narrativas e subjetividades ainda subalternizadas. Nesse sentido, concluímos que a opção descolonial, racializada e generificada, oferece mais fundamentos para a análise das estruturas sociais a partir e por aqueles/as que lutam pelo direito a voz, escuta e visibilidade.
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Bambirra, N. V., & Lisboa, T. K. (2019). “Enegrecendo o feminismo”: a opção descolonial e a interseccionalidade traçando outros horizontes teóricos. Revista Ártemis, 27(1), 270–284. https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8214.2019v27n1.40162
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