A partir da análise de cartas jesuítas, documentos históricos e crónicas de viajantes estrangeiros, referentes aos séculos XVI e XVII, identificaram-se diferentes significados para as crianças indígenas brasileiras. Verificou-se, a partir dos relatos, que a criança indígena brasileira era bem cuidada pelos membros da sua tribo, treinando-a para que se tomasse um adultoigual àqueles pertencentes à sua cultura tribal. As crianças das tribos inimigas não eram consideradas crianças, mas inimigos que deveriam ser mortos e devorados. Os jesuítas concebiam as crianças como tendo particularidades, ou seja, especificidades que as tomavam mais maleáveis que os adultos. Reconheciam que estavam em período de desenvolvimento, no qual a forrna,cão do futuro adulto deveria ser moldada. Havia, entre eles, portanto, um sentimento de infancia, apesar de pouco claro. O colonizador português (não jesuíta) via a criança indígena como escravas em potencial.
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Chaves, A. M. (2000). OS SIGNIFICADOS DAS CRIANÇAS INDÍGENAS BRASILEIRAS (SÉCULOS XVI E XVII). Journal of Human Growth and Development, 10(1). https://doi.org/10.7322/jhgd.39509
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