O objetivo deste artigo é discutir e propor uma nova leitura de um conceito clássico dos estudos de jogos, o “círculo mágico”, sugerindo a existência de uma fenomenologia do jogar responsável por mediar as relações e práticas sociais a partir da lógica do jogo. Acreditamos que esta lógica do “círculo mágico” se amplia para ações simples do cotidiano. Nossa hipótese é de que há uma apropriação e enquadre (in)consciente do caráter paradoxal (duplo vínculo) e metacomunicativo da brincadeira e do jogo, apresentados no estudo de Gregory Bateson [1987] e cristalizados no senso comum, ao serem correntemente evocados pelos atores a mediar relações sociais diversas, como opinar e até mascarar reais intenções discursivas ou atos por meio de mecanismos linguísticos como “estou brincando”/”isto é uma brincadeira”/“isto é um jogo”, por exemplo.
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Macedo, T., & Filho, O. A. (2015). Isto é uma brincadeira? Por uma fenomenologia do jogar: o “círculo mágico” como mediador das relações e experiências sociais. Verso e Reverso, 30(73). https://doi.org/10.4013/ver.2016.30.73.08
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