O presente artigo, instigado pelas proposições do dossiê “História e Patrimônio: questões teóricas e metodológicas”, efetua a análise dos conceitos de patrimonialização e a invenção de espaços de memória associados as políticas públicas de proteção dos bens culturais e do turismo. Para tanto, busca, por um lado, detectar os perigos que cercam os profissionais das Ciências Humanas e das Ciências Sociais e Aplicadas que atuam em comissões ou conselhos que visam a salvaguarda dos bens patrimoniais. E, por outro, estabelece as conexões teóricas e metodológicas que visam problematizar a questão do tombamento e do registro de bens patrimoniais, na Estância Balnearia de São Vicente, localizada do litoral de São Paulo/Brasil. A opção pelo debate epistemológico articulado ao empírico é relevante, pois oferece subsídios para as reflexões sobre a responsabilidade social dos pesquisadores que integram em comissões e conselhos, aos quais é instituído o poder de decisão para eleger um bem patrimonial ou condená-lo ao esquecimento e à destruição.
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Pelegrini, S. C. A. (2018). Memórias e identidades: a Patrimonialização e os usos do passado. Anos 90, 25(48), 87. https://doi.org/10.22456/1983-201x.82420
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