Rede e intersetorialidade na atenção psicossocial: contextualizando o papel do ambulatório de saúde mental

  • Severo A
  • Dimenstein M
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Abstract

A permanência e a função dos ambulatórios de saúde mental - ASM, que historicamente funcionaram articulados ao hospital psiquiátrico, precisam ser problematizadas no contexto atual de mudanças orientadas pela Estratégia de Atenção Psicossocial. O objetivo desta pesquisa foi conhecer e analisar o funcionamento de um ambulatório de saúde mental e sua articulação com a rede de serviços do Sistema Único de Saúde. A análise institucional de ênfase socioanalítica foi utilizada como perspectiva teórica e metodológica, e os procedimentos realizados foram: pesquisa bibliográfica e documental, análise dos registros do serviço, observação participante da rotina institucional e registros no diário de campo e rodas de conversa com os técnicos e usuários. O ASM atende 214 usuários que buscam principalmente assistência psiquiátrica e psicológica, direitos especiais, lazer e convívio social e cursos profissionalizantes. A principal dificuldade em relação à rede de atendimento apontada foi a desarticulação entre os serviços de saúde mental e a atenção básica. Para análise dos dados, destacamos dois analisadores principais: 1. as demandas atendidas no ambulatório de saúde mental e 2. a desarticulação saúde mental-atenção básica. As análises indicam a insuficiência dos dispositivos da rede, a necessidade de rever o dispositivo ambulatorial e os limites postos pela falta de políticas intersetoriais.The sustainability and function of outpatient mental health clinics, which have historically been part of the psychiatric hospital system, need to be considered in the context of the current changes driven by the Psychosocial Care Strategy. The objective of this research was to understand and analyze the operation of a mental health outpatient clinic and its link with the network of services of the National Health System. The methodological and theoretical basis used for the institutional analysis was the social-analytical perspective. The performed procedures were: bibliographic and documentary research, analysis of the record service, participant observation of the institutional routine and daily records in the field and conversation circles with the workers and users. The mental health clinic serves 214 users who seek mainly psychiatric and psychological care, special rights, leisure, social life and professional courses. The primary issue related to the service network was identified as the disconnection between mental health services and primary care. For data analysis, we list two points of argument: 1. the demands for services in the outpatient mental health care clinic and 2. disconnection mental health-primary care. The analyses indicated a failure of network care strategies, the need to revise the clinic protocols and the existence of care limitations due to a lack of sector integration policies.La permanencia y la función de los ambulatorios de salud mental - ASM, que históricamente han funcionado articulados al hospital psiquiátrico, necesitan ser ubicadas en los problemas del contexto actual de cambios orientados por la Estrategia de Atención Psicosocial. El objetivo de esta investigación ha sido el de analizar el funcionamiento de un ambulatorio de salud mental y su articulación con la red de servicios del Sistema Único de Salud. El análisis institucional de énfasis socio analítico ha sido llevado a cabo como perspectiva teórica y metodológica, y los procedimientos realizados han sido: investigación bibliográfica y documental, análisis de los registros del servicio, observación participante de la rutina institucional y registros en el diario de campo y ruedas de conversación con los técnicos y usuarios. El ASM alcanza 214 usuarios que buscan principalmente asistencia psiquiátrica y psicológica, derechos especiales, ocio y convivencia social y cursos capacitadores. La principal dificultad en relación a la red de atención señalada ha sido la desarticulación entre los servicios de salud mental y la atención básica. Para el análisis de los datos, destacamos dos analizadores principales: 1. las demandas atendidas en el ambulatorio de salud mental; y 2. la desarticulación salud mental / atención básica. Los análisis señalan la insuficiencia de los dispositivos de la red, la necesidad de revisión del dispositivo del ambulatorio y los límites impuestos por la falta de políticas intersectoriales.

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Severo, A. K., & Dimenstein, M. (2011). Rede e intersetorialidade na atenção psicossocial: contextualizando o papel do ambulatório de saúde mental. Psicologia: Ciência e Profissão, 31(3), 640–655. https://doi.org/10.1590/s1414-98932011000300015

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