doi: 10.5216/ree.v12i3.6457A atual política brasileira de saúde mental baseia-se nos referenciais basaglianos, que indicam retorno e permanência da pessoa com transtorno mental a seu meio social, o que significa próximo à família e à comunidade. Assim, a família torna-se o ponto principal para a efetivação das atuais propostas da Reforma Psiquiátrica. Este estudo buscou a compreensão da experiência dos familiares ao cuidarem de um familiar esquizofrênico. Para isto, elegemos uma pesquisa de caráter qualitativo, à luz da fenomenologia existencial de Martin Heidegger. O estudo foi realizado nos meses de outubro e novembro de 2008, com seis familiares que tinham um membro portador de esquizofrenia em seu lar. Dos discursos emergiram as seguintes temáticas: Vivenciando o preconceito ao Ser esquizofrênico; Compreendendo a facticidade existencial do outro; Aprendendo a conviver com o ente esquizofrênico; Experienciando vicissitudes pelos conflitos familiares. Essas temáticas revelam o cotidiano destes seres, enredado em angústias, incertezas, cansaço e desânimo, sentimentos associados a uma busca incessante por ressignificar sua existência. Assim, acreditamos ser necessária a implementação de programas de capacitação e educação permanente dos profissionais da saúde, de forma que estes possam proporcionar ao doente e à sua família melhores condições físicas e emocionais para enfrentar as dificuldades da doença. Descritores: Enfermagem Psiquiátrica; Prática de família; Esquizofrenia; Saúde mental.
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Sales, C. A., Schuhli, P. A. P., Santos, E. M. dos, Waidman, M. A. P., & Marcon, S. S. (2010). Vivências dos familiares ao cuidar de um ente esquizofrênico: um enfoque fenomenológico. Revista Eletrônica de Enfermagem, 12(3), 456–63. https://doi.org/10.5216/ree.v12i3.6457
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