O texto debate a desigualdade social como a grande questão brasileira. Os índices comprovam que o Brasil é uma das nações mais bem classificadas na produção de riquezas, mas a distribuição destas o coloca entre as nações campeãs de desigualdade social. Apesar da forte presença deste aspecto, a Psicologia tem desvalorizado ou ignorado a desigualdade social como um aspecto determinante da constituição das subjetividades. O artigo argumenta que esta falta de prioridade ao assunto é uma questão epistemológica que deve ser enfrentada e superada (transformada) na Psicologia. Esta superação se dará pela adoção de uma visão de sujeito e de sua relação com o mundo que adota como categoria fundamental a historicidade, afirmando a subjetividade como aspecto da realidade que se constitui como uma dimensão do real. Subjetividade e objetividade são uma relação dialética de constituição mutua. Ignorar esta relação leva e tem levado à psicologia a se constituir como ideologia que oculta a produção social da desigualdade.
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Bahia Bock, A. M. (2016). PSICOLOGIA E DESIGUALDADE SOCIAL. Revista Psicologia, Diversidade e Saúde, 5(2). https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v5i2.1112
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