O objetivo deste artigo é discutir a analítica da subjetivação desenvolvida nas pesquisas de Foucault. Paralelamente a isso, buscou-se explorar as possibilidades de operacionalização dessa analítica, em pesquisas qualitativas. Trabalhou-se principalmente com os cursos nos quais Foucault investigou a subjetividade como prática de liberdade, a partir de 1978 e com textos e entrevistas do mesmo período. A passagem entre uma subjetivação que se faz sob práticas coercitivas a uma subjetivação reflexiva mais autônoma, ocorreu em decorrência de sua pesquisa sobre governamentalidade. A subjetivação passou a ser pensada a partir de dois vetores: as práticas de assujeitamento e as práticas de si. O segundo vetor foi explorado a partir de 1980, estando associado à atitude crítica em relação à governamentalidade, tendo um caráter coletivo, institucional e político. O trabalho de pesquisa, como modo de pensar diferentemente do que se pensava antes, constitui-se para Foucault um importante dispositivo de subjetivação contemporâneo.
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Ferreira Neto, J. L. J. L. (2018). A Analítica da Subjetivação em Michel Foucault. Revista Polis e Psique, 7(3), 7. https://doi.org/10.22456/2238-152x.76339
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