A separação tradicional entre denotação-conotação, sentido literal e sentido figurado, sentido não metafórico e sentido metafórico baseia-se numa longa tradição em que estas dicotomias são vistas como constituindo dois planos separados. A perceção dos falantes que, mesmo não sendo linguistas, percebem as diferenças entre os dois planos, reforça esta visão dicotómica dos dois níveis como instâncias paralelas de significação. Neste texto, através da explanação e análise à forma como a metáfora PROTEÇÃO (CONTRA O VÍRUS) É GUERRA está a ser usada pela comunicação social portuguesa, procuraremos demonstrar que esses dois planos tradicionais não devem ser vistos como planos paralelos, mas antes como níveis com possibilidade de convergência, em virtude de poder variar o grau de distância semântica (e figuratividade) entre sentido não metafórico e sentido metafórico.
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Teixeira, J. (2021). METÁFORAS DA VIDA CO(T)VIDIANA. Estudos Linguísticos e Literários, (69), 21. https://doi.org/10.9771/ell.v0i69.44287
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