No presente artigo analisamos como o estigma se transformou em elemento constituidor da representação público-midiática no processo histórico de construção do sujeito travesti no Brasil. Para realizar a arqueologia dessa invenção histórica, escavamos os discursos da imprensa, entendendo esta como dispositivo de produção de subjetividades que constitui parte da matriz heteronormativa. Relacionamos as peculiaridades dos enunciados produzidos em Fortaleza (CE), na década de 1980, com a produção discursiva sobre o universo trans que circulava nacionalmente no mesmo período. Tal gesto teórico-metodológico nos aproxima do olhar genealógico foucaultiano que persegue as normas discursivas escondidas sob a poeira do tempo-templo que sustentam as invenções históricas.
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Veras, E. F., & Andreu, O. G. (2015). A invenção do estigma travesti no Brasil (1970-1980). História, Histórias, 3(5), 39–52. https://doi.org/10.26512/hh.v3i5.10829
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