Objetivos: Este estudo buscou compreender, a partir da perspectiva fenomenológica, o significado das ações do Programa Saúde na Escola (PSE) para equipes de Atenção Primária à Saúde. Métodos: Tratou-se de pesquisa qualitativa exploratória, cuja produção de informações envolveu a realização de entrevistas semiestruturadas individuais com os coordenadores do PSE das 12 Unidades de Saúde do Serviço de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O material textual produzido foi interpretado pela análise temática de conteúdo. Resultados: Os coordenadores reconheceram a pontecialidade do trabalho de prevenção e promoção da saúde realizado pelo PSE. Apontaram, entretanto, desafios na proposta de trabalho em rede voltados à grande demanda de trabalho gerada pelo Programa, à fragilidade na inserção da escola nas ações realizadas e distanciamente com as famílias, à dificuldade na valorização do trabalho na escola por parte da equipe de saúde e à pouca resolutividade das demandas clínicas dos escolares. Conclusões: Os múltiplos significados atribuídos ao PSE expressam a potencialidade de suas ações e os desafios na construção de redes de cuidado em saúde. Pesquisas avaliando as ações desenvolvidas pelo PSE ao longo do tempo, incluindo a participação de seus diferentes protagonistas, são recomendadas.
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Weschenfelder Corrêa, H., & Ceriotti Toassi, R. F. (2019). Programa Saúde na Escola: potencialidades e desafios na construção de redes de cuidado. Saúde Em Redes, 4(3), 37–47. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2018v4n3p37-47
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