ABSTRACT In 2015, the Fundão dam of the company Samarco (controlled by Vale) collapsed, causing a huge wave of mud, causing 19 deaths and becoming the biggest environmental disaster in Brazil. As early as 2019, a new dam rupture took place, with Vale as the responsible company, with around 270 fatalities. Both disasters brought numerous social, environmental and financial problems. This study aims to analyze the impact of environmental disaster of Brumadinho and Mariana on Vale and Samarco Financial Statements, specifically the problems related to provisions, contingencies and environmental processes. The method employed with the case study was a content analysis, and data collection was carried out from Financial Statements, Reference Form and the company’s press channel over a 10-year period from 2010 to 2019. Among the main results, we observed that in 2015, the Mariana dam collapse may explain the significant increase in the coming years regarding deposits and provisions for environmental actions filed against Samarco and Vale. In 2019, it is observed that the amount moved to judicial deposits increased 45 times compared to the previous year. Considering this fact, there is a need for studies that contribute to the transparency of actions for the victims, communities affected by the tragedy, disregard of those involved and the environment, since this is not the first disaster caused by this company.RESUMEN En 2015, la represa Fundão de la empresa Samarco (controlada por Vale) se derrumbó, provocando una gran ola de lodo, provocando 19 muertos y convirtiéndose en el mayor desastre ambiental de Brasil. Ya en 2019, se produjo una nueva ruptura de presa, con Vale como empresa responsable, con alrededor de 270 muertes. Ambos desastres trajeron numerosos problemas sociales, ambientales y financieros. Este estudio tiene como objetivo analizar el impacto del desastre ambiental de Brumadinho y Mariana en los estados financieros de Vale y Samarco, específicamente los problemas relacionados con provisiones, contingencias y procesos ambientales. El método utilizado en el estudio de caso fue el análisis de contenido y la recopilación de datos se realizó mediante los estados financieros, formularios de referencia y comunicados de prensa de la compañía durante un período de 10 años de 2010 a 2019. Entre los principales resultados, observamos que en 2015, el colapso de la presa Mariana puede explicar el aumento significativo de depósitos y provisiones para acciones ambientales presentadas contra Samarco y Vale en los años siguientes. En 2019, se descubrió que el monto transferido a depósitos judiciales aumentó 45 veces en relación con el año anterior. Teniendo en cuenta este hecho, se necesitan estudios que contribuyan a la transparencia de las acciones de las víctimas, las comunidades afectadas, la falta de respeto por los involucrados y el medio ambiente, ya que este no es el primer desastre causado por la empresa.RESUMO Em 2015, ocorreu o rompimento da barragem de Fundão da empresa Samarco (controlada pela Vale), causando uma enorme onda de lama, causando 19 mortes e tornando-se o maior desastre ambiental do Brasil. Logo em 2019, um novo rompimento de barragem aconteceu, tendo como empresa responsável a Vale, tendo em torno de 270 vítimas fatais. Ambos os desastres trouxeram inúmeros problemas socioambientais e financeiros. O estudo tem como objetivo analisar o impacto do desastre ambiental de Brumadinho e Mariana nas Demonstrações Financeiras da Vale e Samarco, especificamente os problemas relacionados às provisões, contingências e processos ambientais. O método empregado no estudo de caso foi a análise de conteúdo e, a coleta de dados foi realizada a partir das Demonstrações Financeiras, Formulários de Referência e "press release" da empresa num período de 10 anos compreendido entre 2010 a 2019. Entre os principais resultados, observamos que em 2015, o colapso da barragem de Mariana pode explicar o aumento significativo de depósitos e provisões para ações ambientais movidas contra a Samarco e a Vale nos anos seguintes. Em 2019, detectou-se que o valor transferido para depósitos judiciais aumentou 45 vezes em relação ao ano anterior. Considerando esse fato, são necessários estudos que contribuam para a transparência das ações das vítimas, comunidades afetadas, desrespeito aos envolvidos e ao meio ambiente, pois esse não é o primeiro desastre causado pela empresa.
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Fabrício, S. A., Ferreira, D. D. M., & Borba, J. A. (2021). A PANORAMA OF MARIANA AND BRUMADINHO DISASTERS: WHAT DO WE KNOW SO FAR? REAd. Revista Eletrônica de Administração (Porto Alegre), 27(1), 128–152. https://doi.org/10.1590/1413-2311.310.102806
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