Em que pese o fato da morte receber denominações e representações multivariadas de acordo com aspectos culturais e religiosos, contudo, falar e discutir este processo natural da vida, sobretudo nos países ocidentais, ainda pode parecer um tabu. Objetivou-se investigar as representações sociais de enfermeiros mestrandos e doutorandos sobre o processo de morte e morrer em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Pesquisa exploratória, descritiva com abordagem qualitativa, desenvolvida em duas universidades públicas, no Rio de Janeiro e em Pernambuco. Os dados foram analisados à luz da Teoria das Representações Sociais, com a ajuda do software Iramuteq. Registrou-se 2923 ocorrências e 655 formas diferentes. O número de hápax confere com 362 palavras, correspondente a 12% das ocorrências. As ocorrências que obtiveram maior qui-quadradoforam: morte, vida, processo, sofrimento e passagem. Conclui-se que, em relação à morte e o processo de morrer, foram expressados sentimentos diante de uma possibilidade concreta, ou seja, para eles, o paciente que está sob cuidados na UTI tem no processo de morte e morrer uma condição real, pois estar internado nesta unidade pode significar estar lutando pela vida e contra a morte, oscolocando frente a frente com a incômoda sensação da própria finitude.
CITATION STYLE
Silva, C. R. L. da, Abrão, F. M. da S., Oliveira, R. C. de, Louro, T. Q., Moura, L. D. F., & Silva, R. C. L. da. (2016). Representações sociais de enfermeiros sobre o processo de morte e morrer em UTI/ Social representations of nurses on the process of death and dying in ICU. Ciência, Cuidado e Saúde, 15(3), 474. https://doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v15i3.32345
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.