Este artigo contextualiza os caminhos percorridos e os obstáculos enfrentados por professoras trans brasileiras durante seu processo de escolarização e inserção na docência. Seus relatos, analisados à luz das teorias pós-críticas, sobretudo a teoria queer, elucidaram suas vidas escolares emaranhadas por processos de resistências e enfrentamentos constantes desde a educação básica, passando pela educação superior e mantendo-se na atuação docente. Nesse sentido, o discurso dessas professoras possibilitou a emersão de "sinais de fissuras na heteronormatividade", confirmando que, apesar de seu papel hegemônico como reprodutora e mantenedora das normas de gênero e de sexualidades, a escola é num dos espaços possíveis para a efetivação do direito de constituir-se como humano.This article contextualizes the trajectory and the obstacles faced by Brazilian trans teachers during their process of schooling and insertion in teaching. Their reports, analyzed by post-critical theories, mostly the queer theory, elucidate their school lives through processes of constant resistance and struggle since Basic Education, passing through Superior Education and remaining in teaching. In this sense, the speech of these teachers allows the emersion of "signs of fissures in heteronormativity", confirming that, despite its hegemonic role as a reproductive and maintainer of gender and sexuality norms, the school is one of the possible spaces to the effectiveness of one's right to constitute him/herself as a human.
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Franco, N., & Cicillini, G. A. (2015). Professoras trans brasileiras em seu processo de escolarização. Revista Estudos Feministas, 23(2), 325–346. https://doi.org/10.1590/0104-026x2015v23n2p325
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