No mundo todo, a década de 1960 caracterizou-se pelos movimentos de juventude. E se houve um momento que correspondeu a um levante mundial simultâneo foi sem dúvida 1968, o ano da agitação estudantil por excelência. Mais de 40 anos depois, transformações sociais e políticas importantes alteraram normas e valores sociais, reordenando-os em função de novos desafios e perspectivas. O trabalho examina o comportamento atual da geração 68 no Brasil, pelo que seus membros defendem politicamente. A amostra considera os indivíduos que estiveram na universidade em 1968, o lócus dos conflitos naquele momento, e que ascenderam ao Congresso Nacional no pós-autoritarismo. Com base no perfil daquela geração, o objetivo do texto é avaliar de que forma sua identidade política se diluiu frente às mudanças institucionais, verificando ainda o impacto das construções ideológicas sobre o comportamento legislativo dos líderes estudantis que assumiram uma posição de destaque na política nacional. Os dados mostram que as ideologias e utopias de outrora, além de se reorientarem em torno de novos valores e perspectivas, se adequaram aos desafios e ao contexto sociopolítico do momento.
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Coelho, M. F. P., & Santana, V. L. (2010). A geração 68 no Congresso Nacional: ideologia e comportamento legislativo. Sociedade e Estado, 25(2), 285–307. https://doi.org/10.1590/s0102-69922010000200007
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