O artigo tem por objetivo apresentar uma caracterização teórico- -metodológica da observação e da escuta clínicas como importantes recursos de investigação em um contexto de saúde pública na área materno-infantil. Para tanto, são abordados os instrumentos metodológicos adotados em uma pesquisa longitudinal, intitulada Promoção de saúde a bebês atendidos em uma Unidade Básica de Saúde: o olhar voltado para indicadores de risco clínico ao desenvolvimento infantil. A utilização desses recursos metodológicos na pesquisa foi orientada pelos Indicadores Clínicos de Risco ao Desenvolvimento Infantil (IRDI) e são ancorados no referencial psicanalítico. No artigo, procuramos descrever como a observação e a escuta foram utilizadas na referida investigação, assim como as principais questões que se fizeram presentes no emprego desses recursos para situações de pesquisa. Pode-se sustentar que a combinação desses recursos são excelentes instrumentos de pesquisa para acessar e compreender as configurações da saúde psíquica no campo materno-infantil. Contudo, apesar de seus benefícios, o pesquisador deverá adotar uma postura de cuidado, atenção e sensibilidade, de forma a não perder o valor potencial que esses dispositivos possuem. Palavras-chave: observação, escuta, saúde materno-infantil.
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Arpini, D. M., Zanatta, E., Paraboni, P., Rodrigues, P. M., & Marchesan, R. Q. (2018). Observação e escuta: recursos metodológicos de investigação em psicologia no âmbito da saúde materno-infantil. Contextos Clínicos, 11(2). https://doi.org/10.4013/ctc.2018.112.09
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