Em 1988 o U. S. National Research Council (NRC, 1988) identificou três princípios a serem seguidos para a melhoria das estimativas de quantis extremos de vazão, a saber: “substituição do tempo pelo espaço”, “inclusão de maior estrutura aos modelos utilizados” e “enfoque na cauda superior das distribuições de probabilidade”. A metodologia proposta neste artigo faz uso dos três princípios mencionados de uma forma integrada. No contexto dessa metodologia, as vazões de pico excedentes sobre um valor limiar arbitrário e os volumes de cheia, associados a essas excedências, são individualizados e modelados como um processo estocástico pontual marcado usando-se a representação de um processo composto de Poisson. A essência do método proposto consiste em se estimar separadamente a função densidade marginal de probabilidade dos volumes de cheia, para uma duração equivalente ao tempo de base da bacia, e a função densidade das vazões de pico condicionadas aos volumes. Na seqüência, a função de distribuição de probabilidades anuais das vazões de pico pode ser estimada através da integração do produto entre a densidade marginal de probabilidade dos volumes de cheia e a densidade das vazões de pico condicionadas aos volumes. A agregação da informação hidrometeorológica regionalizada tem o propósito de guiar a estimativa da densidade dos volumes de cheia. Essa agregação faz uso de algumas premissas sobre a transformação chuva-vazão, sob condições extremas. Por outro lado, a regionalização das precipitações faz uso da distribuição TCEV (Two Component Extreme Value).
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NAGHETTINI, M., & FERNANDES, W. (2007). Metodologia Integrada para Análise de Freqüência de Pico e Volumes de Cheia com a Incorporação da Informação Hidrometeorológica Regionalizada. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, 12(4), 135–145. https://doi.org/10.21168/rbrh.v12n4.p135-145
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