Esta pesquisa objetivou analisar a relação entre os mecanismos de governança corporativa e o desempenho de empresas brasileiras. Estudo descritivo, documental e quantitativo. A população compreendeu empresas listadas nos níveis de governança corporativa da B3. A amostra constituiu de 19 empresas do Nível 1, 14 do Nível 2 e 104 do Novo Mercado, totalizando 137 empresas. O período de análise compreendeu 2014 a 2018 e utilizou-se a regressão múltipla. Para as empresas do Nível 1, os resultados revelaram relação positiva do comitê de auditoria com ROA. A expertise do conselho relacionou-se positivamente com o ROA (Nível 2). Em contrapartida, nenhuma das variáveis de governança influenciaram o desempenho de mercado. Os resultados das empresas do Novo Mercado indicaram uma relação negativa entre a independência do conselho e o ROA. Relação positiva entre auditoria Big Four, tamanho e expertise do conselho e o ROA, e relação positiva entre o comitê de auditoria e a expertise do conselho e o Q de Tobin. Estes resultados confirmam as premissas da Teoria da Agência, de que os mecanismos tendem a minimizar os conflitos de agência e maximizar o valor das partes interessadas. Conclui-se que os mecanismos devem ser considerados nas empresas para aprimorar as práticas de governança, pois auxiliam na melhora do desempenho.
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Degenhart, L., Soares, L. D. S., Casarin, G. S., Marquezan, L. H. F., & Soares, C. S. (2021). Mecanismos de Governança Corporativa e o Desempenho Econômico-Financeiro e de Mercado de Empresas Brasileiras listadas no Nível 1, Nível 2 e Novo Mercado. Revista Organizações Em Contexto, 17(33), 137–177. https://doi.org/10.15603/1982-8756/roc.v17n33p137-177
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