O artigo aborda a transformação histórica e metodológica dos estudos sobre santuários brasileiros, com base na invocação católica da Conceição Aparecida, em uma reflexão cultural sobre o espaço simbólico na América Latina. Considerando aspectos históricos, semióticos e institucionais muito expressivos para análise do patrimônio cultural no continente, o trabalho reconhece a emergência de uma rede de identificação do espaço religioso. Essa geografia de projeção cultural favorece a interpretação articulada de vetores simbólicos (nas festas, mídias e turismo), facilitando tanto a comparação de outras localidades (municípios-santuários), no Brasil e na América Latina, quanto a caracterização da estética teatral das devoções na construção do patrimônio continental. Sintetizando a verificações qualitativas feitas durante três anos de investigação sobre as estratégias de irradiação da devoção mariana, o estudo alcançou uma avaliação da força estética do patrimônio religioso como um desafio de valorização patrimonial da latinidade. E concluiu que o grande risco ao patrimônio cultural religioso está no crescimento das ideologias fundamentalistas, que buscam descredenciar a legitimidade da tradição Mariana e o sincretismo religioso e cultural na identidade continental. Palavras-chave: Símbolo, Devoção Mariana, Santuário, Latinidade, Patrimônio Religioso.
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Oliveira, C. D. M. de. (2018). Matergrafia e patrimônio: Santuários Marianos como espaço simbólico e vetorial da Latinidade. Ateliê Geográfico, 12(3), 170–194. https://doi.org/10.5216/ag.v12i3.47188
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