Objetivo: Analisar a influência dos “traços sombrios” de personalidade no ceticismo profissional de auditores independentes do Brasil. Método: A amostra foi composta por 170 auditores independentes com registro ativo no CNAI, sendo os dados analisados mediante estatística descritiva em primeira instância; via análise de regressões estimadas por Mínimos Quadrados Ordinários para a verificação das hipóteses; e por regressões estimadas por Mínimos Desvios Absolutos como medida de análise de sensibilidade. Resultados: Os resultados indicam que o narcisismo pode influenciar positivamente o atributo de ceticismo profissional ao alavancar a autoestima e a capacidade de questionamento dos auditores. Já o maquiavelismo e a psicopatia, perante o conjunto de dados analisados, parecem não apresentar qualquer influência positiva no ceticismo profissional, sendo factível até mesmo uma relação inversa em aspectos de autonomia e autoestima, respectivamente. Contribuições: Em âmbito teórico, o estudo promove o suprimento da lacuna acerca da interdisciplinaridade entre a contabilidade e a psicologia, adentrando especificamente o cerne da auditoria em tal relação. Em termos práticos, a pesquisa promove o entendimento da relevância dos traços de personalidade socialmente indesejáveis para a formação do ceticismo profissional dos auditores, algo útil para as firmas de auditoria ao longo de processos de seleção e treinamento de seus profissionais.
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Reis Marçal, R., & Alberton, L. (2020). RELAÇÃO ENTRE OS TRAÇOS SOMBRIOS DE PERSONALIDADE E O CETICISMO PROFISSIONAL DOS AUDITORES INDEPENDENTES. Revista de Educação e Pesquisa Em Contabilidade (REPeC), 14(4). https://doi.org/10.17524/repec.v14i4.2663
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