Cet article comporte deux études complémentaires visant à explorer si le sexe de l’étudiant influence le jugement des enseignants en mathématiques. La première étude, expérimentale, a porté sur 48 enseignants de mathématiques (secondaire supérieur). Ceux-ci ont été répartis en deux groupes comparables et devaient évaluer quatre copies attribuées dans le premier groupe à une fille, dans le second groupe à un garçon. Même si les enseignants affirment, dans le questionnaire portant sur leurs attitudes, que les filles et les garçons ont des capa cités et des intérêts identiques pour les mathématiques, les résultats montrent que les enseignants ont tendance à évaluer de manière différente des copies équivalentes attribuées à des garçons ou à des filles, selon la valeur de cette copie, plus ou moins bonne. La deuxième étude, corrélationnelle, se fonde sur les données de PISA 2000 de la Communauté française de Belgique et met en relation les scores standardisés obtenus dans PISA et les notes attribuées aux mêmes élèves par leur professeur de mathématiques. Il ressort de cette mise en relation, d’une part, que les garçons performants ont tendance à être surévalués et les filles performantes sous-évaluées, d’autre part, que les garçons peu perfor mants sont sous-évalués et les filles peu performantes fortement surévaluées comparativement aux garçons de même niveau.This paper shows two different studies aimed at exploring whether student’s gender has an influence on the way teachers assess performances in mathematics. The first study, an experimental study, involved 48 mathematics teachers (higher secondary education). They were divided in two comparable groups and had to rate four assignments attributed in one group to a girl, in the other group to a boy. The findings show that even if teachers show the same expectations regarding boys and girls’ abilities and interest in mathematics (assessed by a questionnaire), a slight but significant gender bias is nevertheless at play when rating equivalent assignments attributed to boys or girls, depending whether the assignment is good or bad. The second study, a correlational one, is based on the PISA 2000 data. The PISA maths score have been correlated with the students’ marks in mathematics gathered through the background questionnaire. Results show that high achievers males are overestimated while high achievers female are underestimated. The reverse pattern is observed for low achievers: among those low achievers, males are underestimated and females overestimated.Este artigo apresenta dois estudos complementares cujo objectivo é explorar a influência do género na avaliação dos professores de matemática. O primeiro estudo, de carácter experimental, envolveu 48 professores de matemática (ensino secundário). Eles foram divididos em dois grupos comparáveis e deviam avaliar quatro provas atribuídas, no primeiro grupo, a uma rapariga e, no segundo grupo, a um rapaz. Apesar de os professores afirmarem, nos questionários sobre as suas atitudes, que as raparigas e os rapazes têm capacidades e interesses idênticos em relação às matemáticas, os resultados mostram, porém, que os professores apresentam uma tendência para avaliar de maneira diferente (melhor ou pior) provas equivalentes conforme são atribuídas a rapazes ou a raparigas. O segundo estudo, de natureza correlacional, baseia-se nos dados do PISA 2000 da Comunidade francesa da Bélgica e procura relacionar os resultados estandardizados obtidos no PISA e as notas atribuídas aos mesmos alunos pelo seu professor de matemática. Os resultados desta relação mostram o seguinte: por um lado, no caso dos alunos que apresentam bons desempenhos, os rapazes são sobre-avaliados, ao passo que as raparigas são sub-avaliadas; por outro lado, no caso dos alunos com fracos desempenhos, os rapazes são sub-avaliados, enquanto as raparigas são fortemente sobre-avaliadas.
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Lafontaine, D., & Monseur, C. (2014). Les évaluations des performances en mathématiques sont-elles influencées par le sexe de l’élève ? Mesure et Évaluation En Éducation, 32(2), 71–98. https://doi.org/10.7202/1024955ar
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