Este estudo exploratório, ao considerar a Equitação Terapêutica como uma área de intervenção tridimensional, pretendeu enfatizar alguns dos aspectos relacionais implícitos e averiguar se, após a aplicação da Equitação Psico-Educacional – EPE (uma sessão semanaldurante dezasseis semanas), em cinco crianças (entre os cinco e os dez anos) diagnosticadas com autismo,se registariam: melhorias ao nível do desenvolvimentoe do comportamento; dados que pudessem confirmar a eficácia do tratamento; progressos na adequação de cada participante às diferentes tarefas propostas no decurso das sessões. A metodologia utilizada centrou-se na redacção integral de todas as sessões; na utilização da Grelha de Observação (individual/sessão) para Equitação Psico-Educacional (EPE), com crianças autistas; na aplicação, aos participantes, do Psychoeducational Profile Revised (Schopler et al.,1994) antes (teste) e depois (reteste) da aplicação do tratamento; na aplicação quinzenal, aos pais, do Autism Treatment of Evaluation Checklist (Rimland &Edelson, 2000); e, por último, na utilização de técnicas de audiovisual, com uma periodicidade mensal.Os resultados mostraram-se concordantes com a totalidade das hipóteses colocadas. Estas evidências convidam a uma reflexão sobre a importância do papel catalizador do cavalo, no seio de uma “nova relação” técnico-criança, que deve ser investida como central e transformadora.
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Gonçalves Leitão, L. (2012). Relações terapêuticas: Um estudo exploratório sobre Equitação Psico- -Educacional (EPE) e autismo. Análise Psicológica, 22(2), 335–354. https://doi.org/10.14417/ap.192
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