Para Foucault, toda produção discursiva implica, no nível da subje- tividade, certa vontade de conhecer as verdades do discurso. Compreender o discurso de Foucault como uma experiência que correlaciona aquilo que é dito como verdade e a subjetividade ligada a este dizer reforça e esclarece o conteúdo do que foi dito pelo filósofo acerca do discurso e da subjetividade. No presente trabalho apontaremos para o tipo de discurso produzido pelo próprio filósofo e para a forma da vontade que lhe é subjacente. Nossa hipó- tese é que a própria produção discursiva de Foucault pode ser uma prova concreta de que aquilo que somos e aquilo que dizemos não se restringem à ordem da submissão, do apaziguamento, da identidade e da universalidade. Para Foucault, somos sujeitos éticos em perpétua formação e transformação e aquilo que dizemos não nos dá acesso somente a verdades, mas, e principal- mente, modifica nosso modo de ser.
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Noto, C. D. S. (2010). VONTADE E VERDADE EM FOUCAULT. Philósophos - Revista de Filosofia, 15(2). https://doi.org/10.5216/phi.v15i2.9084
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