O presente artigo apresenta um estudo bibliométrico e de redes do campo de turismo no Brasil, tomado como o conjunto de artigos publicados em 16 periódicos brasileiros de turismo. Com a utilização das palavras-chave, é descrita e avaliada sua trajetória (1990-2018), com foco no agrupamento de ecoturismo. Trabalha-se com a autoria (autores e instituições) e sua distribuição geográfica (unidades da federação, grandes regiões e países), a publicação (distribuição entre periódicos), o impacto (citações) e a estrutura intelectual (referências bibliográficas). O agrupamento é claramente delimitado, mas, dada a baixa capilaridade entre suas palavras-chave, acaba por se “confundir” com o conjunto de artigos que têm “ecoturismo” entre suas palavras-chave. A autoria é particularmente fragmentada, com nítida sobre representação da Grande Região Norte, em relação ao campo como um todo. Ainda na autoria, a Universidade de São Paulo tem a mais alta produção, por mais que, em termos de sobre representação, os números mais expressivos são os da Universidade Federal do Pará e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Dos 208 artigos do agrupamento, a Revista Brasileira de Ecoturismo publicou 110 deles, o que corresponde a 52,88% do total. Na estrutura intelectual, chama a atenção a escassez de co citações relevantes, para autores, obras específicas e revistas científicas, bem como a grande importância da produção de governos e de organizações supranacionais. Isso indica que o agrupamento não tem, ainda, uma base teórica e conceitual bem definida.
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Kohler, A. F., & Digiampietri, L. A. (2021). Ecoturismo: análise bibliométrica e de redes sociais do campo de turismo no Brasil, 1990-2018. Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur), 14(3). https://doi.org/10.34024/rbecotur.2021.v14.11910
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