A diferença entre o fluxo de caixa e o resultado do exercício chama-se accrual. Esta medida divide-se em uma parcela discricionária, proxy de gerenciamento de resultados, e outra não discricionária, natural das atividades operacionais. A implementação das normas internacionais de contabilidade (IFRS) gerou potencial de mudanças no volume da parcela discricionária. Dela espera-se um prejuízo na persistência dos lucros dado seu caráter arbitrário. Portanto, este estudo analisou o impacto dos accruals discricionários na persistência dos lucros das empresas da B3, considerando a adoção das IFRS. Diante de uma estimação com dados em painel de 100 diferentes empresas, há indícios contrários à lógica de deterioração da persistência pelos accruals discricionários. A explicação reside no gerenciamento de resultados não oportunísticos, que auxilia investidores na tomada de decisão. Ademais, a adoção das IFRS não implica reflexos na relação das acumulações discricionárias com a persistência dos lucros, diferentemente do esperado conforme estudos anteriores.
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Marçal, R. R., & Macedo, M. A. da S. (2019). ANÁLISE DA PERSISTÊNCIA DO LUCRO DIANTE DOS ACCRUALS DISCRICIONÁRIOS: UM ESTUDO COM BASE NO IMPACTO DA ADOÇÃO DAS IFRS. Contextus – Revista Contemporânea de Economia e Gestão, 17(2), 129–159. https://doi.org/10.19094/contextus.v17i2.40706
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