O diagnóstico das ilhas de calor urbanas tem se mostrado um instrumento importante para a gestão do espaço urbano, na medida em que a espacialização das diferenças das temperaturas intraurbanas e rurais próximas pode oferecer subsídios para que atitudes possam ser tomadas com o objetivo de amenizar a magnitude de tais ilhas de calor. Entretanto, as interpolações dos registros de temperaturas do ar que não levam em consideração as características dos alvos superficiais produzem resultados que dificultam intervenções mais localizadas.O objetivo deste artigo foi apresentar um conjunto de procedimentos para a modelagem das ilhas de calor urbanas, com o propósito de estimar a temperatura do ar considerando-se as características da superfície (uso da terra, vegetação, relevo).Para isso foram processadas relações entre as temperaturas do ar medidas por meio de transectos móveis; o uso da terra tendo como base as imagens do satélite Landsat 8; o NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada); e a hipsometria.Com essas informações foram feitas relações estatísticas entre a intensidade da ilha de calor urbana nos locais onde as temperaturas foram registradas e os parâmetros geográficos, tais como porcentagem de vegetação, densidade de edificações e altitude.Os resultados mostraram que o modelo gerado estimou satisfatoriamente (r=0,81) a temperatura do ar no ambiente intraurbano e rural próximo sendo possível subsidiar intervenções mais localizadas que podem contribuir para amenizar a ilha de calor atmosférica que, no episódio estudado (30/06/2014), apresentou-se com forte magnitude e intensidade de 9ºC.
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Amorim, M. C. de C. T., Dubreuil, V., & Cardoso, R. D. S. (2015). MODELAGEM ESPACIAL DA ILHA DE CALOR URBANA EM PRESIDENTE PRUDENTE (SP) – BRASIL. Revista Brasileira de Climatologia, 16. https://doi.org/10.5380/abclima.v16i0.40585
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